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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Morte e vida.

"Se lembra quando a gente
Chegou um dia acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber que o pra sempre,
sempre acaba!" - Cássia Eller.

E quanto mais se pensa no problema, no que está se vivendo, mas a cabeça fica virada, sem paz nem consolo.
Acabo de descobrir, com minha própria vida, que a morte não é exatamente como reza a lenda... Ao contrário do que pensamos e acreditamos, nós não morremos apenas uma vez na vida, morremos a cada vez que temos que abandonar algo, seja o que for. Eu acabo de morrer. Acabo de ter que deixar algo muito importante junto com meu passado e isso dói de fato, e muito. Dói porque todos os humanos são presenteados por Deus com sonhos, que após ter noção deles, é absolutamente nossa a responsabilidade de dar continuidade ou não. Provavelmente ninguém esteja entendendo essas minhas palavras, mas de fato eu sei bem o que estou expressando aqui.
Prioritariamente, não sei para onde andar. Dizem que o melhor sempre é ir em frente, independente de onde vai dá... Mas não acredito que na prática tudo seja assim. Devemos sim dá uma pausa e dizer: E agora? Pra onde realmente tenho que ir? Em frente, com dor e saudade? Pro lado com paciência? Ficar parado sem destino? Ou simplesmente olhar pra trás e vê que, ainda com amor, as coisas poderiam melhorar? NÃO SEI. E estou sendo sincera, absolutamente não sei! E não sei por simplesmente não querer saber, fingir que nada está acontecendo... Eu não sei porque realmente não há como saber, é um universo de contradição, de medos, dúvidas e angustias. E, pra ironia, eu estou no meio desse caos vital.
Pra onde devo seguir, e o que fazer? Acabo, contudo, ficando inerte com tudo isso, acabo fingindo que nada está acontecendo e, de todas as alternativas, evidentemente essa é a pior. Pior porque, por mais difícil que seja, a melhor coisa a fazer tem que ser feita com razão e não com emoção, o que torna cada vez mais difícil as coisas.
Complicado? Demais pro meu latim!
Mas calma jovem, ainda há tempo de tudo virar pó e você ressurgir das cinzas.
Mas de uma coisa eu sou convicta: Eu literalmente morri! Morri pois, parte do que julgava necessário pra mim, hoje vejo que poderá ficar no mural do meu passado, como eu jamais queria que o fosse. E no fim, o que fazer? Tentar não ficar inerte como estou agora.

Com toda dor e força do mundo, Carla Gonçalves.

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